Chanceler deve revelar acordo ‘compacto’ com algumas das maiores empresas de investimento do Reino Unido em discurso na Mansion House
O chanceler, Jeremy Hunt, revelará planos para liberar bilhões de libras das pensões britânicas para ajudar a financiar empresas de rápido crescimento, como parte de esforços governamentais mais amplos para impulsionar o crescimento e atrair mais negócios para o Reino Unido.
Hunt deve dizer a uma audiência de líderes e executivos-chefes da City nesta segunda-feira que o governo chegou a um acordo chamado “compacto” com algumas das maiores empresas de investimento do Reino Unido, que pode ver cerca de 5% dos investimentos de fundos de pensão reservados para empresas em estágio inicial em setcores como ciências da vida e fintechs.
“Quero apresentar planos para permitir que nosso sector de serviços financeiros aumente os retornos para os aposentados, melhore os resultados para os investidores e desbloqueie capital para nossos negócios em crescimento”, disse o chanceler em seu primeiro discurso na Mansion House.
Hunt dirá aos patrões que as novas propostas, chamadas de “reformas da Mansion House”, serão guiadas por três “regras de ouro”: garantir o melhor resultado possível para os poupadores de previdência; priorizar um mercado dourado forte e diversificado – cujos recursos são utilizados para investir em serviços públicos; e reforçar a posição do Reino Unido como um centro financeiro líder.
Algumas empresas expressaram preocupação de que o governo possa forçar as mudanças sobre os gestores de fundos, incluindo aqueles que lidam com regimes de benefícios definidos, que pagam salários finais e exigem rendimentos mais confiáveis no curto prazo, à medida que seus membros envelhecidos se aproximam da aposentadoria. Esses esquemas têm se voltado cada vez mais para títulos públicos, conhecidos como títulos públicos, em vez de ações listadas ou startups mais arriscadas para financiar suas pensões.
No entanto, entende-se que o Tesouro recuou em grande parte e, em vez disso, optou por um pacto voluntário que visa principalmente os regimes de pensões de contribuição definida. Os regimes de contribuição definida não garantem uma renda definida na aposentadoria e são o plano padrão para a maioria dos trabalhadores do Reino Unido, o que significa que novos membros continuam a se juntar e pagar em fundos.
As mudanças da chanceler também envolverão um processo “simplificado” para listar ações de empresas na Bolsa de Londres, alterando os tipos de documentos que as empresas têm que produzir para os investidores e criando uma nova plataforma de negociação para empresas privadas que abrirá em dias específicos e não exigirá uma flutuação pública.
Chris Cummings, presidente-executivo da Associação de Investimentos, que representa empresas que administram activos no valor de £ 10 trilhões, disse: “O reconhecimento do papel central do investimento de longo prazo é a base de uma política bem-sucedida.
“Com o quadro regulamentar adequado, os regimes de pensões poderão investir de forma produtiva e sustentável, desbloqueando mais investimento para empresas inovadoras em crescimento e melhorando os retornos para os aforradores através do alargamento das opções de investimento. Em conjunto com as reformas no regime de listagens, isso ajudará o Reino Unido a se tornar um lugar mais atraente globalmente para as empresas listarem, investirem e fazerem negócios.”
As mudanças no discurso de Hunt, que ele fará na residência oficial do prefeito de Londres, se somam às “reformas de Edimburgo” da chanceler – destinadas a reverter alguns regulamentos da UE e pós-crise financeira – e mudanças nos chamados regulamentos Solvência II, que visam liberar dinheiro para investimentos em infraestrutura no Reino Unido, reduzindo a quantidade de capital que as seguradoras têm que manter para provar que podem pagar aos segurados a longo prazo.
Fonte: The Guardian
